Publicado em Texto - Romance

Aquele Eterno Amor, sabe?

Com o passar do tempo eu amadureci o que sinto por você. É impossível deixar algo que foi tão importante pra mim, claro. Não dá pra dizer que aquela saudade avassaladora ainda mora aqui dentro do meu peito. Muito menos expressar o mesmo sentimento que nasceu há quase 2 anos.

Caralho!

Quase 2 anos.

Muita coisa mudou. Você me parece que parou no tempo. Talvez seja porque não converso mais contigo, mas depois de tanto tempo ainda me parece o mesmo.

Enfim. Como posso ter a certeza de que tudo se foi? Acredito que nada pode ir, apenas amadurece. Cicatriza. Mas fica a marca a vista pra ser lembrada. Eu ainda te lembro. Mesmo depois de tanto tempo. Eu já estou envolvida com outro coração. Estou perdidamente apaixonada e tenho vontade de seguir uma vida com esta pessoa. Mas quando você me passa pela cabeça, parece que eu ainda sinto de perto toda a ventania que fez visita a minha vida há 2 anos atrás.

Se eu fechar os olhos e mergulhar meu suspiro profundo eu ainda sou capaz de senti-lo. Me lembro perfeitamente de como era bom o roçar de sua barba mal feita na pele de meu rosto trêmulo. Meus olhos cheios de lágrimas sentindo a dor de sua partida. Ainda sou capaz de sentir o calor do teu abraço e a intensidade dos seus beijos.

Talvez você seja aquele amor que nunca passa. Que a gente aprende a viver sem, que não tem vontade que volte, que apenas seja uma boa lembrança. Uma boa história pra contar. Ou não.

Mas de qualquer forma, obrigada.

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Me toca?

E se eu te chamar?

Agora!

Na minha mente você me responde.

Corresponde

Entra em meu mundo, me vira do avesso

Me tira uma peça, coloca uma travessa 

Que apressa as batidas dos nossos corações

Corpo suado em perfeita sintonia 

Vibração tão rápida que se faz lenta 

Um toque

O toque.

Será que irei sentir este toque novamente?

Será que devo sentir este toque novamente?

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Eu estou aqui…

Eu sei, não parece, mas ainda continuo aqui. Parece que está sendo uma perda de tempo tentar, achar sentido em mudar, em levantar e fazer algo para me sentir viva, quando, na maior parte do tempo, só gostaria de não existir, não fazer parte deste monte de falsas encenações, momentos montados e curtidos numa tela.
Eu queria que por alguns minutos as pessoas pudessem se ver, pudessem sentir o que me inunda. De tanto que vago, me desgasto, acredito que meus momentos de bebedeira tenham sido os únicos que estive sóbria verdadeiramente. 

Eu sou apenas uma alma penada que vaga em um corpo que apodrece a cada dia que passa. Sou apenas uma mera vagabunda acomodada. É o que eles dizem. As vezes é o que eu sinto de tanto que eles dizem. Por mais que eu tenha noção que possa existir algo realmente grande dentro de mim, percebo que já perdi há muito tempo. Talvez não devesse nem estar aqui. 

21 de maio de 2017, domingo, 23h47m. 

Estou respirando por mais um maldito dia.

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Cê tá no meu feed

Olhinhos atentos, dedos rápidos, mundo externo em pause enquanto anda. A respiração fica pesada ao perceber que você, por alguns segundos rápidos caminhou pelos meus pensamentos. Só porque percebi que tu comentaste um post aleatório no Facebook. 
– Ah, só uma stalkeada breve no perfil dele, não dá em nada. 

Claro que dá! 

Dá tontura, falta de ar, dor no peito e o pior, dá uma puta de uma saudade desgraçada que mal cabe naquele bichinho que bombeia sangue no peito.

Eu não vou negar que queria te colocar pra dentro do meu espaço, perder o passo e a cada compasso fazer um estardalhaço no teu coração. Só pra remontar, só pra te cuidar, só pra ti.

Mas nem tudo pode ser controlado pelas minhas mãos, o que é uma verdadeira glória. Sou tão estabanada ao ponto de exagerar no amor e te fazer enjoar do meu colo que te quer calmo, sereno no meu acariciar. Só te quer selvagem dentro do meu corpo suado, repleto de lembranças e palavras mal ditas e não ditas…

E então eu só continuei abaixando o feed. Ainda quero escrever teu nome na barra de busca, mas eu prefiro deixar só as vozes na minha cabeça dizer você, mostrar nós, rever eu. Ser eu/você no nunca.

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Caixa

E no meio de tanta tensão e pretensão eu me perdi. Com 19, em questão de segundos, fui para 15 anos de idade. 
Não senti o chão embaixo dos meus pés. Me vi em frente ao espelho com corpo de mulher. Olhar de mulher. Alma perdida de menina. Esqueci, ou talvez nunca tenha sabido, quem eu sou. O sentindo foi se perdendo em meio a tantas discussões, padrões, imposições. Medos.

Me vi no meio de várias rotas cruzadas. Com roupas manchadas. Pele rabiscada. Mente depredada. Será que em alguma delas alguém vai aparecer e me dizer o que eu devo ou posso fazer? Porque ao mesmo tempo que me vejo em frente à tantas possibilidades e riquezas presenteadas, me vejo na caixa. Dou batidas, socos, pesadas. Continuo aqui. Presa. 

Presa pelas próprias escolhas, pelo próprio medo de enfrentar o desconhecido. Pela vontade de ir, mas medo de não conseguir voltar. E por quê querer voltar? 

E nessa de me perder sem entender, me vi no meio de uma areia movediça. E para tristeza, minha e sua, levei comigo alguém importante para afundar. 

Egoísta!

Mas ninguém sabe o que se passa…

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00:15

E de novo a vontade bateu. 
Parece que toda vez que você volta a rondar na minha mente, todas as lembranças se tornam reais. Principalmente o seu toque. 

Saudade? Acho que para o que eu sinto é impossível encontrar um nome. É uma mistura de prazer, com loucura a gosto e uma pitada de “não quero” acompanhada com “te quero”. 

A cama aumenta o tamanho. Junto uma punhalada de cobertores, para ver se consigo abraçar e sentir seus braços. Me afundo, me afogo e me toco. Lembrando de cada sussuro. Daquele verso da música do Rael que tu cantou cheio de marra, coladinho comigo, instigando um arrepio…

[…]

E ela quer, quer, quer, quer, quer, quer

[…]

Ah, como quero! 

Nem que fosse apenas sua voz no pé do meu ouvido. Essa voz suave, acompanhada de um sorriso malicioso. Só porque te quero hoje. Mas te quero sem demora, com uma pressa descomunal. 

Vem de passos largos. Vem de passos quentes. Vem rápido. Vem calmo. 

E fica.

E adentra…

Só fica.

E chega…

Fica?

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Oi… Tudo bem? Sonhei Contigo

Pois é, nem foi de caso pensado, a última coisa que eu queria neste mundo era sonhar contigo. Mas acredito que aquelas fotos que você postou acabou instigando os pensamentos constantes ligados a você que eu estava tentando evitar nos últimos meses.

Confesso que isso me desconcertou toda, acordou em mim a fúria de um sentimento que eu estava tentando segurar, levantou aquele monstrinho da catástrofe. Já vai fazer mais de 24h que penso em você. Se isso é bom? Acho que não, porque você já nem lembra direito do sentimento que criei e alimentei por todo esse tempo.

Tá afim de outra pessoa agora… Ela é linda, viu? Espero que tenha tudo o que eu não tive e que você possa gostar dela de verdade. Tomara que ela seja aquele grande amor que você procura. O amor… que eu não pude ser.

Sobre o sonho: Louco.

É, não tenho muito que dizer, pois até no sonho eu tentava te evitar. E quando nos cumprimentamos, foi o segundo mais longo e pesado que já senti. Parecia real. Parecia você ali, encostando a barba no meu rosto, com as mãos quentes nas minhas costas, me olhando como só você sabe me olhar. Ou só eu sei ver?

Ah como eu daria tudo pra sossegar esse leão dentro de mim. Mas eu sei que não ia parar quieta enquanto não escrevesse. Parece que tu voltaste com toda voracidade e fome nas letrinhas escorridas do meu Word. Chega me arrepia em lembrar dos textos, das festas, dos beijos… Eu paro, fecho os olhos, respiro fundo, lembro e escrevo. Tudo sai como água da cachoeira, leve e forte ao mesmo tempo. No final de cada verso bem escrito, solto aquele ar que fica preso enquanto digito. Parece que tem um roteiro a ser seguido, mas não, vem no piloto automático. E a cada lembrança, um arrepio…

Ah, anjo da terra… Tu me rendeste boas inspirações, porém, maus batimentos cardíacos.

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“Foram apenas” e só…

Sei lá… Os dias estão passando e eu sinceramente continuo te vendo como a coisa mais linda que já pôde passar neste tamborzinho que não para, e só fica mais rápido e sincero toda vez que me lembro do seu sorriso.

É quase inevitável não me sentir leve e feliz sempre que penso em você aqui. E eu penso se é egoísta, mas por que diabos um sentimento tão puro seria egoísta? Eu não estou forçando nossos encontros, muito pelo contrário, só os evito. Não quero mais vê-lo, mesmo com o coração me dizendo sempre o contrário. Então por que pensar que é egoísta?

Ainda ficou muita coisa confusa desde nossas ultimas conversas e principalmente desde nosso último encontro. Confesso que tem sido difícil dormir refletindo em tudo, desde simples gestos até meras palavras soltas.

Este sentimento poderia continuar, mas tudo dentro de mim poderia ser um pouco mais organizado só pra eu não sentir toda essa culpa, preocupação e egoísmo, quando, na verdade, nenhuma dessas coisas faz sentido dentro de todo o contexto que já vivemos. E que contexto? No fundo, talvez, não deva fazer sentido… Ou somos cegos demais para achar sentido nos sentimentos que vivem a andar entre os labirintos que criamos como formas de autoproteção dentro de nós.

Ok. Voltei a falar coisa com coisa. Coisas das quais talvez você nunca vá saber ou ler. Nunca verá de fato a garota que conheceu porque definitivamente não a conheceu. Um pouco de culpa minha? Talvez, já que mudei a forma de me relacionar com o mundo só para chamar sua atenção (preciso parar de encontrar jeitos e trejeitos de me culpar pelo o que passamos). Há quem diga que “é normal, todos fazem isso”, já eu penso que é só mais uma mania boba para continuarmos sozinhos, pois é muito difícil manter alguém contigo em um relacionamento iniciado por um personagem. Então, no fundo, você quer voltar a ficar sozinho.

Eu até poderia tentar mudar o rumo da história, marcar um dia, em um bar qualquer, ou até mesmo naquele em que nos conhecemos, para apagar umas falhas, te fazer conhecer a garota que aqui existe e se faz presente quando lembra do teu abraço. Mas… (sempre tem o “mas”) se neste capítulo a história se deu por este caminho, por que mudar? De qualquer forma, foram apenas beijos, foram apenas toques, foram apenas papos jogados fora. “Foram apenas” e só…

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Castelo de Mentira

Eu ainda sinto falta! É difícil admitir as vezes e é por isso que me dispus a escrever sobre você novamente. Pra ver se consigo me aliviar do peso e do aperto que me invade toda vez que me lembro do nosso carinho trocado e amor não recíproco. 
Sim. Eu amei sozinha. Quem nunca, não é mesmo? 

São essas derrapadas que a vida nos dá que faz com que possamos aprender. Mas confesso, às vezes preferia não ter vivido, não ter sentido, muito menos te conhecido. Se eu ao menos soubesse que um beijo poderia alterar tanta coisa dentro de mim… 

Mas nada vai mudar e o que me resta é esperar. E a pergunta que paira no ar é: por quanto tempo? Será que sou eu que escolho? Porque na maior parte do tempo sinto que tudo se deu por conta de algo que eu mesma alimentei, por mais que você tenha dado migalhas, eu me preenchi com aquilo. Não quero dizer que sinto uma culpa exacerbada pelo o que vivemos, mas de fato eu me deixei levar por algo muito pequeno, pois nunca tinha recebido tal atenção e sentimento. 

Quando nos falta carinho, o que nos resta é entregar de corpo aquilo que sempre sonhamos em um relacionamento. Um dia, li em um post qualquer nas redes sociais da vida, que: A carência cria afetos imaginários, e foi exatamente o que eu fiz. Criei minha fantasia, trajei-me com a melhor roupa de princesa e entrei em um castelo de mentira, tão apertado, mal me cabia, mesmo assim me enfiei. Dancei, vivi, revivi, sonhei que voava e quando dei por mim, lá estava eu na ponta de um penhasco, se não abro meus olhos, só Deus, ou seja lá quem for que controla este louco universo, sabe o que teria acontecido comigo. 

Mas, acredito eu, que no fundo sempre soube. Eu desenhava meios, encontrava significados, contudo eu sempre soube; era passageiro, de longe era para ser certeiro. Há quem encontre o grande amor da vida de primeira, mas quem disse que tenho propriedade e experiência para saber de uma vida a dois agora?

Amanhã completo 19. A idade vai continuar pequena, mas dá última vez você confessou que ela não importava. Acho que agora estamos falando a mesma língua. Não somos o “juntos” por causa do ano em que nascemos e sim porquê somos o momento diferente um do outro.

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Daqueles aprendizados que nascem no fundo do poço 

Eu estava atônita, pensativa. Quase não percebia o mundo a minha volta. Sentia uma profunda tristeza. Um ar que me consumia e me sufocava, me dava a entender que nada estava seguro, que aqui não era o meu lugar. Não via o meu futuro passar em minha mente, não conseguia planeja-lo, passava pela minha cabeça que tudo daria errado e que, se um futuro eu tinha, com certeza seria o pior já vivido. 
Eu queria ter a felicidade no olhar, a sede de viver, a vontade de seguir. Mas bastava um mísero sopro de energia baixa e ruim, que eu simplesmente me trancava em meu mundo. Com medo de tudo e de todos que estavam fora dele. Medo de encarar a realidade.Esse medo, que mal sei de onde veio e como veio, tomou conta do meu ser, me faz sentir inútil.

Onde foi que eu errei? Em que ruas eu entrei pra essa minha vida dar essa derrapada?

Essas e perguntas ainda piores passeavam pela minha mente. Parecia que eu havia encontrado o ponto final, imaginei que meu destino já tivesse sido traçado, que já teria passado na vida das pessoas certas para que recebecem um pouco do que eu já havia aprendido. Porém, mal sabia a minha mente fraca que ainda havia muito o que aprender e ensinar. 

Passei a valorizar risos singelos desde que me vi no fundo do poço. Escrevi e reescrevi textos em minha mente, tomei uma ponta de coragem e comecei a repassar meus sentimentos e naquele momento não me senti mais sozinha no mundo, haviam muitos sentimentos perambulando “sem destino” por aí e que sentiram através de meus textos a dor de minha alma. Senti-me acolhida finalmente. Acolhida por conta de uma atitude partida de mim. 

Partindo deste ponto, percebi que só poderia depender apenas de uma pessoa. Eu mesma. E depender de si requer tanto esforço, principalmente quando você não se vê como o bastante. E confesso que é tenebroso você ver que não é aquilo que pode te salvar, porque como terás capacidade para ajudar as outras pessoas se não pode dar auxílio a si próprio? Então vi que precisava me aprender, me sentir, me transformar. Tentar encontrar caminhos para que eu me olhasse e me percebesse, sentisse orgulho de mim. 

Antes de tentar dar o que as pessoas queriam, eu precisava ser o que o meu eu precisava que eu fosse. Com isso, aprendi uma coisinha linda e importante, não dá pra dizer que ainda faço ela 100 %, mas posso garantir que cada passo é uma vitória linda e grandiosa. Eis que via uma nova linha na minha vida, cheia de “SOU”, chamada: AMOR PRÓPRIO!